Vila Meã, uma terra com história...

Jornal Riba tâmega

 

 

Jornal Riba Tâmega - ANO 1 - Nº 1 [10-Agosto-1973]

ESTATUTO EDITORIAL:


NOTA DE ABERTURA

“Nada transmitir de falso e nada omitir de verdadeiro”

As relações humanas, ímpares de primordial interesse, nesta época de promoção, têm por imperativo de necessidade, assentarem-se numa acção-reacção, com apoio na participação. Se para haver pão é necessário o trigo, de igual modo, para existir contacto, união, compreensão, necessária se torna a comunicação.

Como seu agente de válida importância, para a impulsionar, temos, entre outros meios, a Imprensa, quando informativa, actualizada, despida de interesses mesquinhos e efémeros, mas sim construtiva.

Que informe as gentes – pois sermos informados e informarmos, deverá ser sempre o nosso objectivo, mas sempre com a verdade.

E, dentro deste propósito, com a vontade inquebrantável de se construir um lugar comum, de entre-ajuda, onde todos possámos compreendermo-nos melhor, lembra-mo-nos [sic] de criar um Jornal, um orgãozinho nosso, da nossa briosa Vila Meã, ou dando-lhe uma extensão maior, das gentes que outrora – e com que saudades o dizemos – , pertenceram ao extinto Concelho de Santa Cruz de Riba Tâmega.

«RIBA TÂMEGA» passará a ser de todos.

Será tribuna aberta para os que quiserem labutar por uma Vila Meã maior, mais forte, mais franca e mais incondicional.

Como novo que é, será para os mais novos. Novos de espírito, novos de vontade, novos em actualização.

Velhos-novos e novos-novos, será o seu binómio.

«R.T.», queremos que seja um moralizador; no seu aspecto edificante, destruindo os nossos tédios, contrariedades, moderando os nossos rancores, dissipando as nossas curiosidades e apreensões, entorpecendo os nossos exageros passionais.

Tudo quanto transcender a nossa esfera de acção, infringindo as directrizes a que nos propomos, será excluído ou reprovado; o espírito do «R.T.» será o esclarecedor, justo e válido.

Desta feita, «R.T.» lança-se à opinião pública, para que seja criticado, ajudado – elementos quanto a nós fundamentais para o seu sucesso e desenvolvimento. Que estas páginas de hoje sejam o presságio para um grande Jornal do amanhã.

Criemos um ambiente de camaradagem, de estima, de cooperação, de respeito e, se o conseguirmos – e disso estamos bem certos –, baniremos o egoísmo e o espírito de interesse, cancros da nossa civilização.

Passaremos do sonho á realidade.

«R.T.» será um órgão informativo com rota determinada. Será um órgão com pretensões meramente locais, no aspecto de informar, de construir, de dar e receber ideias. Pede que o corrijam quando cair em falta; implora que o auxiliem, fortalecendo-o da seiva imprescindível, com o qual se sobrevive, mas duma seiva sã e desinteressada, constante e incondicional.

«R.T.» precisa de AMIGOS, de laboriosos e honestos colaboradores. Só assim é que ele pode cumprir a sua missão, não desprezando o presente, as suas maneiras de ver, o seu género de espírito, as suas modas, os seus homens e as suas labutas árduas e quotidianas.

«R.T.» quer pedir aos bons amigos que o previnam sobre os preceitos que poderá infringir ou desprezar.

«R.T.» não quer contar sempre a mesma história aos sus leitores.

«R.T.» quer única e simplesmente cumprir a sua missão, apresentando-se como modelo nas regras que a sociedade moderna impõe.

“R.T.” espera sobreviver, e para isso vai tomar todas as precauções e medidas, indicadas experimental e diáriamente, para assim o resguardarmos de qualquer perigo.

“R.T.” se zombarem da sua previdência., do seu arrojo, esforçar-se-á por conservar toda a serenidade de espírito e de ideal no meio da sua confusão, pensando que a zombaria sofrida é passageira, é infalivelmente útil e, seja como for, inevitável.

Resignar-se-á alegremente, pois a resignação, para alegria e para triunfo o conduzirão.

“R.T.”: afirmar-se-á intransigentemente com a sua constante divisa:

“NADA TRANSMITIR DE FALSO E NADA OMITIR DE VERDADEIRO”

Finalmente, o agradecimento sincero a “ECOS”, do Marco de Canaveses pelos esclarecimentos que prestou e animando-nos a que um sonho de ontem – e com alegria o dizemos – , se tornasse a realidade de hoje.

Bem hajam.

Eduardo José Vieira.
 

 

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