RUA DO BOM PASTOR
(c) António José Queiroz
A Rua do Bom Pastor situa-se na freguesia de Ataíde, em frente ao cemitério. Inicia-se no entroncamento com a Rua António Nobre e termina na Rua Gastão Teixeira da Fonseca.
Foi assim designada para homenagear a Congregação de Nossa Senhora da Caridade do Bom Pastor, mais conhecida por Congregação das Irmãs do Bom Pastor ou, mais simplesmente, por Congregação do Bom Pastor. A sua fundação ocorreu a 16 Janeiro 1835, em Angers, França. Deve-se a Santa Maria Eufrásia Pelletier, Religiosa da Ordem de Nossa Senhora da Caridade do Refúgio, para onde entrou a 20 de Outubro de 1814. Tinha então 18 anos e chamava-se Rosa Virgínia Pelletier.
A primeira casa da Congregação do Bom Pastor em Portugal abriu no Porto, em 10 de Maio de 1881. A sua instalação em Vila Meã aconteceu na sequência de uma doação do padre Francisco de Babo. Após o falecimento deste sacerdote, em 1976, a referida Congregação herdou a sua casa (139 m2) e uma pequena quinta (1520m2) situada na Carvalhada, em Ataíde. Durante dois anos, duas Irmãs do Bom Pastor (que residiam na Casa Provincial, em Ermesinde) deslocaram-se a Vila Meã para dar catequese. A inauguração oficial da sua sede, em Ataíde, ocorreu no dia 7 de Outubro de 1978. Foram fundadoras as Irmãs Maria Teresa do Carmo, Maria Teresinha da Piedade, Maria Isabel Sousa e Maria Lucinda Monteiro.
Durante quatro anos, esta comunidade (que havia sido consagrada ao Coração de Maria e Jesus, em 8 de Fevereiro de 1979) dependeu da Sede Provincial (então em Ermesinde). Adquiriu, porém, a sua independência no dia 1 de Novembro de 1982, com a erecção canónica e a nomeação da sua primeira Superiora, Irmã Maria José Gafanhão. Esta Irmã desempenhou o cargo até 1986. Seguiram-se-lhe as Irmãs Maria Odília Rodrigues Pereira (1986-1992), Maria de São Paulo Gomes (1992-2001) e Maria Rosa Virgínia Barbosa (2001-2007). A partir deste último ano foi novamente assegurado pela Irmã Maria José Gafanhão. Em 2013, o cargo mudou de nomenclatura, passando a designar-se Membro de Contacto.
Segundo esta Congregação, o nome Bom Pastor condensa em si o Carisma, a Missão e a Espiritualidade; conhece, guarda, alimenta, cuida e procura aquela que se perdeu. É este o modelo proposto a cada Religiosa que dela faz parte.
O seu nome remete-mos igualmente para o Salmo 23, talvez o mais conhecido da Bíblia, cuja autoria é atribuída ao Rei David. É frequentemente citado em cerimónias fúnebres. Começa assim: “O Senhor é o meu pastor, nada me faltará”. Daí que, também por isto, pareça apropriado o local escolhido para este topónimo.