Natural da Freguesia de Oliveira, filho de Feliciano Cardoso de Vasconcelos e D. Joana Osório, "pessoas ilustres", foi baptizado a 14/5/1618.
Tomou o hábito beneditino em Tibães a 18/12/1636. Foi Pregador-Geral, Abade de Alpendorada (1659-62), Abade de Paço de Sousa (1665-68) e Abade de Santo Tirso (1674-77).
O Dom Abade Geral Fr. Dâmaso da Silva (1668-71) mandou-o a Roma para se opor às maquinações de Fr. João de Portugal, que queria que fosse eleito Abade Geral um monge do Sul. Eleito, por sua vez Abade Geral da Congregação para o triénio de 1680-83, mandou recolher aos mosteiros os monges que eram vigários de paróquias.
Patrocinava os monges sábios e os que queriam publicar livros, como Pe. Rafael de Jesus que foi cronista-mor do reino. Nomeou cronista da Ordem a Fr. João dos Prazeres e mandou-lhe imprimir o I tomo das Empresas. Mandou que alguns mosteiros dessem 800# rs para as empresas da guerra e acudissem aos mais agravados. Ornou a Igreja de Tibães e fez a sacristia, estando o seu nome imortalizado na ombreira da porta: "Hic operum finis, magnarum metaque rerum/ //Owri: Magnwn fabrica digna viro". Recolheu-se a S. Bento da Vitória, no Porto, e aí faleceu a 30/6/1683.
"O seu governo foy cheyo de justissa, não deixando nada impunido legalmente rezão por que era muito temido" (Fr. Marceliano, Crónica de Tibães).
Fr. Geraldo J. A. Coelho Dias
In Jornal de VILA MEÃ - nº. 28 – Outubro de 2001 - pág. 4.