Ataíde

População: 1002 (H: 471 - M: 531, Censo 2011)

Actividades económicas: Agricultura, pecuária, construção civil e indústria têxtil

Festas e Romarias: Último domingo de Junho (S. Pedro).

Património: Igreja paroquial, cruzeiro, fontanário e convento das Ratas

Outros Locais: Casas de Marmoiral e Santa Cruz

Gastronomia: Cabrito assado, fumeiro e vinho verde

Artesanato: Bordados e rendas

Colectividades: Associação Humanitária dos Bombeiros de Vila Meã, Clube de Caça e Pesca, Grupo de Jovens “Fonte de Vida”, Ranchos Folclóricos e Grupo de Escuteiros.

Orago: S. Pedro

Feiras: Aos dias 6 e 22 de cada mês.

HISTÓRIA

Segundo a lenda, a freguesia de S. Pedro de Ataíde foi fundada por Atanagildo, rei dos Godos em 560. Pertenceu ao extinto concelho de Santa Cruz de Riba-Tâmega até 24 de Outubro de 1855, data em que passou a estar ligada administrativamente ao concelho de Amarante. Faz parte, desde a Idade Média, do bispado do Porto.

Durante séculos, o pároco da freguesia, que era Abade, era apresentado pelo Papa, pelo Cabido da cidade do Porto e pelos beneditinos do mosteiro de S. Miguel de Bustelo, alternativamente. Em meados do século XVIII, o Abade tinha de renda a décima parte de todos os frutos que, com os passais e oblações, chegava a cento e cinquenta mil reis.

Desse século é uma ermida dedicada a Nossa Senhora da Natividade, conhecida por Capela do Pinheiro, por estar fundada num lugar deste nome. Durante muitos anos, para essa ermida se dirigiam procissões com clamores vindas das freguesia de S. Mamede de Recesinhos, de Vila Boa de Quires, Meinedo, Castelões, Caíde de Rei e Real. Houve memória constante, que permaneceu até ao referido século, de que a ermida foi Hospital administrado pelos antigos ascendentes de D. Manuel de Azevedo e Ataíde e por eles sustentado; era também tradição que essa família tinha o seu Solar no lugar do Pinheiro, como o comprovavam alguns vestígios das suas antigas torres, hoje já desaparecidos. A festa religiosa da freguesia, em honra de S. Pedro, ocorre no último domingo de Junho.

Nos dias 6 e 22 de cada mês realiza-se nesta freguesia a feira de Vila Meã; nem sempre foi nestas datas. De facto, nos séculos XVII e XIX, a feira realizava-se nas primeiras Quintas-feiras e aos doze de cada mês, bem como no dia de Santa Luzia, na segunda Oitava de Natal e no dia de S. Sebastião; nenhuma dessas feiras era franca (ou forra, como então se dizia) porque pagavam sisa ao rei.

O lugar onde foi construído o Externato de Vila Meã tinha o nome de Calvário, por ser tradição muito antiga que a ele vinha, desde a igreja de S. Salvador de Castelões, a procissão do Senhor dos Passos.

Sendo a mais urbana freguesia da vila, para além do referido equipamento escolar, existe a estação de Caminho-de-ferro, o Quartel dos Bombeiros e o Quartel da GNR.

Com 1,9 Km2, tem, pelo Censo de 2001, 308 fogos e 1082 habitantes (densidade populacional de 566 hab./ Km2.

Saber mais...

- Memórias Paroquiais de Vila Meã (1758)
(c) Leitura e Transcrição de António José Queiroz

Ataíde em meados do século XVIII